quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Acidente Vascular Cerebral

Boa noite para quem me acompanha.
Sei que a foto que anunciei o novo tema não era fácil que o tema seria este, mas foi para vos deixar curiosos.
Uma fatia do cérebro de uma pessoa que foi vítima de um AVC da artéria cerebral média
O acidente vascular cerebral (sigla: AVC) vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
Embora ainda existam pessoas usando a nomenclatura Acidente Vascular Encefálico (sigla: AVE) no ano de 1996, visando dirimir dúvidas e tentar unificar o termo a ser usado no Brasil, tal assunto foi colocado em discussão durante a Assembleia Geral da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (Sigla:SBDCV), ocorrida na cidade de Curitiba, durante o Congresso Brasileiro de Neurologia. Foi aprovado que o termo que deveria ser empregado seria o de "Acidente Vascular Cerebral", quando se dirigir ao público médico e/ou especializado e "derrame" quando for voltado ao público leigo. Tal decisão foi ratificada em 2008, quando este assunto foi novamente discutido, em reunião extraordinária da SBDCV (Quando da elaboração do 2º Consenso do Tratamento da Fase Aguda do AVC) e os termos AVC e derrame foram novamente recomendados.
Em 2010 a Revista Neurociências publicou um artigo intitulado: Acidente Vascular Cerebral ou Acidente Vascular Encefálico? Qual a melhor nomenclatura? Tal artigo explica detalhadamente o porquê dos termos AVC e Derrame serem mantidos.
É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. É o problema neurológico mais comum em algumas partes do mundo gerando um dos mais elevados custos para as previdências sociais dos países.
Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, colesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, estenose da válvula atrioventricular e fibrilação atrial.


Classificação e fisiopatologia

Os acidentes vasculares do cérebro podem ser basicamente decorrentes da obstrução de uma artéria que irriga o cérebro (ou seja, por isquemia) ou podem ser por vazamento de sangue de um vaso sanguíneo (ou seja, hemorrágico). Cabe ressaltar que o termo "derrame" não é apropriado, visto que em apenas uma parte dos AVCs (na verdade a minoria deles) ocorre um derramamento de sangue no parênquima encefálico.

  • AVC isquêmico
Tomografia mostrando uma área enegrecida compatível com AVC isquêmico

É o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:


  1. Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
  2. Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
  3. Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.


Nos primeiros momentos do AVC isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigênio e glicose para manter seus neurônios vivos. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está praticamente sem nenhum fluxo de sangue. Todavia, existe uma região ao redor do infarto central que possui um fluxo de sangue reduzido, que se mantém viável por mais tempo. A essa área dá-se o nome de penumbra. É na penumbra, uma área parcialmente perfundida, mas ainda viável, que deve-se concentrar os esforços terapêuticos. É por isso também que o tempo do início do ataque vascular cerebral até a reversão da obstrução de sangue é importante na evolução do AVC isquêmico.

O AIT ou ataque isquêmico transitório pode ser considerado um tipo de AVC isquêmico. Corresponde a uma isquemia (entupimento) passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. Ou seja, é um episódio súbito de déficit sanguíneo em uma região do cérebro com manifestações neurológicas que se revertem em minutos ou em até 24 horas sem deixar sequelas (se deixar sequelas por mais de 24 horas, passa a se chamar acidente isquêmico vascular por definição). Constitui um fator de risco muito importante, visto que uma elevada porcentagem dos pacientes com AIT apresentam um AVC nos dias subsequentes. É possível que a definição de AIT venha a sofrer alterações, pois com exames mais acurados já é possível identificar lesões/sequelas cerebrais antes imperceptíveis em alguns AITs e, além disso, estudos clínicos mostram que a maioria dos AITs dura menos de 1 hora. Assim, o AIT que dura mais de uma hora provavelmente será um AVC e talvez possa provocar uma lesão cerebral, mesmo que imperceptível.

  • AVC hemorrágico
Tomografia mostrando hemorragia intracerebral e intraventricular.

É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento intraparenquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:


  1. O sangramento intraparenquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Bouchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
  2. A hemorragia subaracnoide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais (defeito ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo. Eles tem provavelmente origem congénita


.Diagnóstico
  • Sinais e sintomas

O diagnóstico do AVC é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente. Os principais sintomas são:

  1. Dificuldade de mover o rosto;
  2. Dificuldade em movimentar os braços adequadamente;
  3. Dificuldade de falar e se expressar;
  4. Fraqueza nas pernas;
  5. Problemas de visão.

Durante um exame pode-se pedir ao paciente que sorria, levante os dois braços e repita uma frase (como "trinta e três"). Diante desses sintomas, quanto mais rápido o socorro, menor a probabilidade de sequelas, este teste é designado Escala de Cincinnati. Outros sintomas menos específicos, como queda do estado geral e coma, também elevam o risco de AVC.
  • Exames diagnósticos
Os médicos recomendam que a hipótese seja confirmada por um exame de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.
A tomografia pode ser o exame inicial de escolha por sua disponibilidade e rapidez. Serve principalmente para diferenciar o AVC por entupimento/isquemia do hemorrágico, o que muda radicalmente a conduta médica. Uma tomografia normal dentro das primeiras 24 horas de um AVC isquêmico é algo esperado e confirma o diagnóstico, pois a maioria dos ataques isquêmicos não provoca lesões visíveis tão precoces nesse exame. Apenas lesões extensas ou mais antigas podem ser vistas na tomografia no AVC isquêmico ou, ainda, sinais indiretos de AVC como edema cerebral. Já o AVC hemorrágico costuma vir com imagem na tomografia indicando vazamento de sangue. Pode-se, ainda que menos comum, usar mão da retirada por punção lombar do líquor para o diagnóstico de AVC hemorrágico com tomografia normal.
Embora mais precisa que a tomografia, a ressonância magnética não costuma mudar a conduta médica e pode ainda atrasar o tratamento correto, o que pode ter impacto na recuperação do paciente. Contudo, é uma opção que pode ser útil em casos selecionados.


Reabilitação e evolução
O processo de reabilitação pode ser longo, dependendo das características do próprio AVC, da região afetada, da rapidez de atuação para minimizar os riscos e do apoio que o doente tiver. O sistema nervoso central todo pode ser acometido por esta doença, o que inclui, além do cérebro, o tronco encefálico, o cerebelo e até a medula espinhal.
Assim o lobo frontal está mais ligado às decisões e movimentos; o lobo parietal com os movimentos do corpo, parte da fala e com a sensibilidade do pescoço até os pés; e o lobo occipital com a visão. Já o cerebelo está ligado com o equilíbrio e o tronco cerebral está ligado à respiração e aos movimentos e sensibilidade da cabeça. Claro que isto é uma explicação básica e deve-se ter em mente que todo sistema nervoso está interligado podendo uma lesão em uma mínima parte ter grandes repercussões no todo. A localização e as implicações da lesão podem ser difíceis de diagnosticar, devendo a pessoa acometida ser avaliada por um médico e equipe multidisciplinar, ou seja, com vários profissionais da saúde de diversas áreas.
No caso e um AIT ou acidente isquêmico transitório, não ocorre sequela. No entanto, a prevenção de outro AVC deve ser instituída devido ao alto risco de novo ataque dessas pessoas. No caso de um acidente encefálico associado a déficits motores, necessita-se de acompanhamento da equipe de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais para potencializar e fortalecer os músculos que ainda possuem a inervação funcionante para assim diminuir as deficiências que podem ter sido causadas; no caso de problemas na fala e/ou deglutição um fonoaudiólogo pode ser necessário.
Vale lembrar que o AVC é uma doença que merece muita atenção pela mudança que pode provocar na dinâmica da vida da vítima, da vida da sua família e das pessoas que dela cuidam. A vítima, antes totalmente funcional, pode se tornar totalmente dependente física e financeiramente de seus cuidadores. Pode, uma vez acamada, desencadear outras complicações, como escaras de decúbito, pneumonia e constipação. Além disso, existe descrito o stress do cuidador - que, aliás, também deve ser abordado e ouvido no tratamento do paciente acamado, minimizando as sequelas familiares.
A melhor maneira de lidar com o AVC é preveni-lo controlando todos os fatores causais já citados, novamente mencionando que a principal é a hipertensão arterial sistémica.


  • Tratamento psicológico
O AVC geralmente causa um impacto significativo na vida funcional, cognitiva e social do paciente, sendo comum que o paciente desenvolva transtornos psicológicos após o derrame. Entre 10 e 34% desenvolvem depressão maior, agravando ainda mais o prejuízo funcional, cognitivo e social do paciente. Quanto maior o prejuízo na qualidade de vida e dificuldade de adesão ao tratamento mais importante é o acompanhamento psicológico e psiquiátrico para a reabilitação da vítima do derrame.
  • Tratamento dietoterápico

- Mudanças nos hábitos alimentares durante a recuperação
- Regularizar os horários das refeições para que se possa aumentar o fracionamento.
- É recomendado realizar refeições pequenas e frequentes, de 6 a 8 refeições por dia, sendo elas: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia;
- Comer devagar;
- Selecionar uma grande variedade de alimentos;
- Os alimentos devem ser bem cozidos e servidos em consistência pastosa na forma de papas, purês, cremes e mingaus;
- Usar caldo de carne e molhos para umedecer carnes e legumes.
- Evitar a ingestão de líquidos durante as refeições, a fim de evitar a sensação de plenitude gástrica;
- Beber bastante líquido no intervalo das refeições, ao longo do dia;
- Os líquidos devem ser espessados e sorvidos lentamente;
- Espessar os líquidos com cereais infantis, batatas amassadas, flocos de batata, ou amido de milho.
- Oferecer alimentos em temperatura baixa e nunca alimentos quentes para evitar náuseas;
- Para aumentar o aporte calórico e evitar a perda de peso, acrescentar: óleos (ricos em gordura monoinsaturada), azeite, margarinas, queijos cremosos, molhos, açúcar, mel e farinhas às preparações;
- Aumentar a ingestão de frutas, sendo que estas devem ter suas fibras abrandadas pelo calor ou devem ser servidas amassadas para facilitar a deglutição;
- Dar preferência ao leite e derivados desnatados;
- Evitar alimentos gordurosos, ingestão de alimentos fonte de gordura saturada e trans como carne vermelha, frituras e queijos amarelos;
- Moderar o consumo de café, álcool, chá preto, chá mate, chocolate, refrigerante e alimentos condimentados;
- Evitar esforçar-se após as refeições (20 a 30 minutos após a ingestão de alimentos);
- A última refeição do dia deve ser realizada cerca de 3 horas antes de deitar;
- Evitar roupas apertadas, especialmente após as refeições.


Fatores de risco para AVC
Existem diversos fatores considerados de risco para a chance de ter um AVC, sendo o principal a hipertensão arterial sistêmica não controlada e, além dela, também aumentam a possibilidade o diabete melitus, doenças reumatológicas, trombose, uma arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, estenose da válvula mitral, entre outras.
  • Principais fatores de risco
    1. Hipertensão arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "120 por 80" (ou o que popularmente é conhecido como 12 por 8); porém, cada pessoa tem um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor médio. Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, tem-se a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais; a melhor solução é a prevenção. Deve-se entender que qualquer um pode se tornar hipertenso. Não é porque aferiu (mediu) uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar. Além disso, existem muitas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa. A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento. Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sanguíneo ou a uma isquemia.
    2. Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançar o cérebro, além dos outros órgãos, podendo levar a uma isquemia. As principais situações em que isto pode ocorrer são arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas, etc.
    3. Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.
    4. Tabagismo: O hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco. O fumo acelera o processo de aterosclerose, diminui a oxigenação do sangue e aumenta o risco de hipertensão arterial.
    5. Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
    6. Diabetes: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.
    7. Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
    8. Sexo: até aproximadamente 50 anos de idade os homens têm maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.
    9. Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.
    10. Anticoncepcionais hormonais: Atualmente acredita-se que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentem, significativamente, a ocorrência de AVC.
    11. Condições de vida: Uma pesquisa da Associação Americana Derrame, sugere que homens solteiros ou infelizes no casamento correm mais risco de sofrer AVC.
    12. Malformação arteriovenosa cerebral: Distúrbio congênito dos vasos sanguíneos do cérebro nos sítios onde exista uma conexão anormal entre as artérias e as veias.

    Prevenção
    Como todas as doenças vasculares, o melhor tratamento para o AVC é identificar e tratar os fatores de risco como a hipertensão, aterosclerose, o diabetes mellitus, o colesterol elevado, cessar o tabagismo e o etilismo, além de reconhecer e tratar problemas cardíacos. A essa prática se dá o nome de prevenção primária.
    Se houver atendimento médico rápido, dentro de um determinado tempo, a área afetada poderá ser normalizada. A essa prática de prevenção que se baseia no atendimento médico eficiente se dá o nome de prevenção secundária.
    Caso ocorram sequelas, deve ser iniciado um programa de reabilitação e cuidados com o paciente que inclui equipe multidisciplinar, ou seja, com vários profissionais de diferentes áreas da saúde - fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, técnicos em enfermagem, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e médicos. A reabilitação é um tipo de prevenção terciária do paciente.


    Tratamento da PA no AVC isquêmico
    O manejo da pressão arterial no AVC isquêmico é altamente polêmico, uma vez que tanto pressões muito altas como muito baixas podem ser fatais. Ambas as situações podem apresentar um potencial de morbi-mortalidade, pois a hipertensão pode estar associada à transformação hemorrágica e recorrência do AVC, enquanto a hipotensão é suspeita de levar a uma baixa perfusão, provocando lesões definitivas da zona da penumbra isquêmica e levando a um pior prognóstico. O tratamento de redução da PA desses pacientes já foi associado a uma melhora de prognóstico e a um aumento da eficiência e segurança do tratamento trombolítico, mas outros estudos correlacionam a redução da PA, assim como a hipotensão do AVC com um pior prognóstico neurológico, com maior morbidade e mortalidade. Alguns especialistas chegam a sugerir o aumento induzido da pressão arterial em pacientes hipotensos com AVC. A causa desse aparente paradoxo não é bem esclarecida, e suspeita-se que diferentes modalidades e circunstâncias do AVC determinem um papel diferente para a pressão arterial no prognóstico do paciente.
    A maioria dos neurologistas concorda que pressões excessivamente elevadas (PAS > 220 mmHg) estão associadas a um prognóstico pior, mas a hipotensão (PAS < 60 mmHg) parece ser igualmente deletéria. Vários estudos sugerem que uma redução moderada da pressão, se acompanhada por tratamento trombolítico (como o ativador do plasminogênio tecidual, que é um agente fibrinolítico), pode reduzir significantemente a morbi-mortalidade. Os mesmos estudos tendem a concordar que a redução da pressão, se não acompanhada por trombólise, pode não ser segura.
    Em presença dessas incertezas, o protocolo de manejo da PA em pacientes com AVC isquêmico agudo se baseia essencialmente na opinião de especialistas, que recomendam reduzir a PA em casos nos quais esta se encontra excessivamente elevada (PAS>220 mmHg), ou quando a redução for associada ao tratamento trombolítico. Nos demais casos a redução da PA não é recomendada.
    A gravidade das sequelas dependem de quanto tempo demorou para o paciente ser atendido, sendo que quanto mais rápido o tratamento apropriado comece menos sequelas o paciente provavelmente sofrerá.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    terça-feira, 30 de agosto de 2016

    Próximo Tema

    Boa noite para quem me acompanha.
    O próximo tema sai amanhã e vamos ver quantos sabem o que será.
    Pela foto vai ser difícil.
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo

    Informação

    Boa noite para quem me acompanha.
    Hoje tirei o contador de visualizações, pois o contador parou de contar e os números não eram os reais. Infelizmente tirei mas vou tentar encontrar um contador que funcione corretamente.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    Bonequinha Nesquik

    Boa noite para quem me acompanha.
    Hoje venho falar de uma pessoa nova no blog e relativamente nova na minha vida.
    Tudo começou a 12 de junho de 2016.
    Praticamente não falámos até ontem onde a Bonequinha Nesquik precisava de uma palavra amiga e precisava de ajuda.
    Tivemos a falar ontem e eu dei conselhos, a Bonequinha soube a minha vida, ....
    Posso dizer que é uma rapariga linda, meiga, simpática, ... não acrescento mais.
    Bonequinha não te quero perder. Apesar de tudo posso dizer que te adoro.
    Bonequinha Nesquik
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    Estrabismo

    Boa noite para quem me acompanha.
    O novo tema (http://paulomartins1.blogspot.pt/2016/08/proximo-tema_29.html) era sobre este tema que para mim acho que é muito interessante.
    O estrabismo corresponde à perda do paralelismo entre os olhos. Existem três formas de estrabismo, o mais comum é o convergente (desvio de um dos olhos para dentro), mas podem ser também divergentes (desvio para fora) ou verticais (um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro). Os indivíduos que sofrem de estrabismo são chamados estrábicos, vesgos ou esquerdos.


    Tipos

    Podem-se apresentar de três maneiras:


    • Concomitantes: O desvio de um dos olhos é permanentemente observado. Podem ser monoculares quando apenas um se desvia e alternados quando ora é um olho ora é outro.
    • Intermitentes: Ora os olhos estão alinhados e ora há desvio. Mais frequente nos divergentes.
    • Latentes: Só é possível verificar com testes oculares.


    Fisiopatologia

    Os sintomas e as consequências dos estrabismos são diferentes conforme a idade que aparecem e a maneira como se manifestam. A visão se desenvolve fundamentalmente nos seis primeiros anos de vida, sendo os dois primeiros os de maior plasticidade sensorial. Os estrabismos que aparecem antes dos seis anos de idade possuem um mecanismo de adaptação que faz com que haja supressão da imagem que cai no olho desviado e então a criança ou o adulto que ficou estrábico dentro deste período não apresenta visão dupla. Nestes casos, se o desvio aparece sempre no mesmo olho (estrabismos monoculares), teremos diminuição da visão (ambliopia) do olho desviado. Em qualquer idade, as pessoas com estrabismos latentes (forias) terão queixas de cefaleia pelo esforço que fazem para manter os olhos alinhados, porque em situação de desvio há visão dupla. Outra conseqüência importante do estrabismo é o torcicolo (chamamos de torcicolos oculares), isto é, para usar melhor os dois olhos a criança gira ou inclina a cabeça para uma dada posição. Os estrabismos apresentam um caráter hereditário irregular, isto é, podem pular algumas gerações (embora que o conceito de genes que pulam gerações (atávicos) tem estado em discussão). Outros estrabismos são secundários a algumas doenças como: diabetes, hipertireoidismo, afecções neurológicas.


    Tratamento

    O estrabismo é corrigido com óculos ou cirurgia. O protetor ocular ou oclusor visa o tratamento ou a prevenção da ambliopia, não interferindo no desvio. Esses procedimentos são realizados pelo médico oftalmológico. Opera-se o estrabismo que não é corrigido com óculos ou a parte que os óculos não conseguem corrigir. O estrabismo que se corrige com óculos é chamado de acomodativo e está relacionado, em geral, à necessidade de correção do grau de hipermetropia. Somente os desvios latentes e os intermitentes pequenos é que são passíveis de serem auxiliados pelo Ortoptista com exercícios chamados ortópticos. Pelas implicações de perda de visão, bem como pela possibilidade de ser manifestação de outras doenças, os pacientes com estrabismo devem ser examinados por um oftalmologista se houver suspeita de desvio ocular.
    Outra forma a ser tentada, desta feita natural e sem restrições é através dos exercícios visuais elaborados por Dr.William Horatio Bates na tentativa de fortalecer a musculatura do sistema ocular e reprogramar as funções cérebro visuais.
    A fisioterapia ocular tem-se mostrado um auxílio no tratamento dos músculos afetados pelo estrabismo.
    Dr. William Horatio Bates


    Estrabismo forçado

    Em alguns casos, as pessoas forçam os olhos para que aparentem ter estrabismo, método conhecido como "envesgar", "ficar vesgo" ou "entortar os olhos". Normalmente, as pessoas forçam o estrabismo para fazerem careta, uma brincadeira. Para isso, se utilizam do fato que os estrábicos têm os olhos voltados para o meio do seu nariz. O método é feito com a pessoa forçando seus olhos para a direção do seu nariz. No início, muitas pessoas têm muita dificuldade para conseguir fazer, por isso fixam seu olhar em uma caneta, ou no seu próprio dedo, e vão levando o objeto até o seu nariz. No final, o resultado é que a pessoa está totalmente vesga. Há casos de famosos que se utilizam desse método para o seu trabalho, como Jim Carrey em muitos de seus filmes, e Talita Werneck, na personagem Fernandona, do Comédia MTV. Existe a lenda de que entortar os olhos pode fazer ficar vesgo para sempre. Isso é somente uma lenda. A pessoa não corre o risco de se tornar estrábica, pois ela se utiliza somente de um movimento dos olhos para fingir estrabismo. Porém, forçar os olhos pode causar dor de cabeça ou nos olhos. Normalmente, essa lenda urbana era contada para crianças que brincavam de se envesgar.
    Jim Carrey
    Tatá Werneck


    Famosos Portugueses Estrábicos
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.





    segunda-feira, 29 de agosto de 2016

    Próximo Tema

    Boa noite para quem me acompanha.
    Amanhã sei um tema interessante.
    Vou aqui deixar uma foto. Pode ser que alguns percebam.
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    Dia Reservado

    Boa noite para quem me acompanha.
    O dia 3 de setembro fica reservado para um tema apaixonante.
    Espero que tudo corra bem, pois estou à espera de uma foto para poder fazer o post.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    domingo, 28 de agosto de 2016

    Esclarecimento

    Boa noite para quem me acompanha.
    Sei que não tenho postado nada aqui no blog mas é por uma boa razão.
    O blog já tem mais visibilidade, pois já tem uma página de gostos no Facebook.
    https://www.facebook.com/paulomartins1blogspot/?fref=ts
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    quinta-feira, 25 de agosto de 2016

    Leucemia Linfoide Aguda

    Boa noite para quem me acompanha.
    Hoje venho falar de um tema que é Leucemia Linfoide Aguda.
    Linfoblastos no sangue periférico de um paciente com leucemia linfoide aguda
    Leucemia linfoide aguda (ou LLA), também conhecida como leucemia linfoblástica aguda, é um câncer das células brancas (leucócitos) do sangue caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea.
    A LLA pode atingir tanto adultos como crianças. É o câncer infantil mais frequente, apresentando um pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade. A incidência volta a aumentar após os 60 anos.
    Trata-se de uma doença rapidamente progressiva, que necessita de urgência no tratamento.

    Etiologia

    As causas precisas do desenvolvimento desta patologia são desconhecidas. Apenas uma pequena porcentagem dos casos (<5%) está associada com a presença de alguma síndrome genética (Síndrome de Down, Síndrome de Bloom, ataxia-teleangectasia, Síndrome de Nijmegen), com exposição à radiação ionizante ou drogas quimioterápicas.


    Sintomas

    Sintomas iniciais não são específicos. Os sinais e sintomas da LLA são resultantes de uma produção anormal das células sanguíneas (leucócitos). Tais células tornam-se muito numerosas, porém imaturas e malignas. Os sinais são variados. Podem aparecer os seguintes sintomas:

    • Fadiga e fraqueza generalizada decorrentes de anemia
    • Febre e/ou outros sintomas de infecções
    • Perda de peso e/ou perda de apetite
    • Sangramentos
    • Dores ósseas e nas juntas
    • Aumento dos linfonodos (linfonodomegalias)
    • Aumento do baço e/ou fígado (esplenomegalia e/ou hepatomegalia)


    Diagnóstico

    • Exame físico
    • Exames laboratoriais:
    1. Hemograma: a maioria dos pacientes com LLA apresentam linfoblastos no sangue periférico. A anemia e a trombocitopenia podem ser de graus variados. Hiperleucocitose é vista em 10-16% dos casos (leucócitos >100.000/microlitro). Linfoblastos são vistos em 90% dos casos.
    2. Punção da Medula óssea (Mielograma) : Via de regra é realizada análise da medula óssea, mesmo na presença de linfoblastos no sangue periférico.
    3. Imunofenotipagem: para diferenciar se o linfoblasto tem origem células B ou célula T.
    4. Cariótipo: para detecção de alterações cromossômicas.


    Classificação

    • Estabelecida na década de 1970, a classificação FAB (French American British) baseia-se exclusivamente na análise morfológica e citoquímica das células malignas. Compreende os subtipos:
    1.  L1: presença predominante de linfoblastos pequenos com núcleo regular e cromatina homogênea. Representa de 25-30% dos casos.
    2.  L2: presença predominante de linfoblastos de tamanho médio à grande com núcleo irregular e cromatina heterogênea. Representa aproximadamente 70% dos casos, sendo a mais comum dos três tipos.
    3.  L3: presença de linfoblastos de tamanho médio a grande com característico citoplasma hiperbasofílico e presença de múltiplos vacúolos. Representa aproximadamente 1-3% dos casos.
    • A classificação EGIL (European Group for the Immunological Characterization of Leukemias) baseia-se nos imunofenótipos celulares e permite a diferenciação em subtipos imunológicos. Através desta é possível classificar a linhagem celular (B ou T) e caracterizar o estágio maturativo da mesma.
    • A classificação OMS (Organização Mundial de Saúde), baseando-se em dados de imunofenótipo, cariótipo e biologia molecular, permite a classificação de acordo com a linhagem B ou T.A OMS classifica a LLA como leucemia de células B precursoras, leucemia de células T precursoras ou neoplasia de células B maduras, subtipo Linfoma/Leucemia de Burkitt.


    Tratamento

    É realizado com poliquimioterapia (múltiplas drogas quimioterápicas) e radioterapia, com objetivo de eliminar as células malignas.

    O uso de drogas anticâncer são combinadas ao longo de anos de tratamento. Agentes utilizados para ALL incluem: [6]

    • Vincristina (Oncovin)
    • Esteroides (prednisona, dexametasona)
    • L-asparaginace (Elspar) ou PEG-L-asapraginase (Oncaspar)
    • Teniposido (Vumon)
    • Citarabina (Cytosar)
    • Daunorrubicina (Cerubidine) ou doxorrubicina (adriamicina)
    • Etoposide (VP-16)
    • 6-mercaptopurina (6-MP, Purinethol)
    • Metotrexato
    • Ciclofosfamida (Cytoxan)
    À exceção dos pacientes que apresentam LLA de células B maduras, os quais são tratados com ciclos curtos e intensivos, o tratamento normalmente consiste de uma fase de indução da remissão, fase de consolidação (ou intensificação) e fase de manutenção.

    Em alguns casos pode ser necessário o transplante de medula óssea.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    RD

    Boa noite para quem me acompanha.
    Hoje venho contar-vos que estive ontem pela primeira vez a fazer videochamada pelo Facebook com a RD.
    Foi uma videochamada calma, com loucuras (pois somos dois loucos), ... voltámos a reviver os velhos tempos.
    Sim eu e a RD estamos a tentar voltar ao que éramos depois de muita porcaria que ouve.
    RD
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    quarta-feira, 24 de agosto de 2016

    Leucemia

    Boa noite para quem me acompanha.
    Símbolo da Leucemia
    Hoje venho mudar dos temas de crime e venho falar em doença que é a Leucemia.
    Uma de cada 2.880 crianças menores de 10 anos desenvolve leucemia, geralmente do tipo linfoide (LLA), sendo mais frequente entre os 2 e 5 anos.

    Leucemia é um grupo de cancros que surgem geralmente na medula óssea e causam um número elevado de glóbulos brancos. Estes glóbulos brancos não estão totalmente desenvolvidos e são denominados células leucémicas. Os sintomas incluem hemorragias e contusões, fadiga, febre e aumento do risco de infeções,e podem ocorrer devido à ausência de células sanguíneas normais. O diagnóstico é geralmente feito através de análises ao sangue ou biópsia da medula óssea.
    Desconhece-se a causa exata da leucemia. Acredita-se que os diferentes tipos de leucemia têm diferentes causas e que estão envolvidos tanto fatores hereditários como ambientais. Entre os fatores de risco estão o tabagismo, radiação ionizante, alguns produtos químicos (como o benzeno), historial de quimioterapia, síndrome de Down e historial familiar de leucemia. Existem quatro tipos principais de leucemia: leucemia linfoblástica aguda (LLA), leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfocítica crónica (LLC) e leucemia mieloide crónica (LMC), para além de vários tipos menos comuns. As leucemias e os linfomas pertencem a um grupo abrangente de tumores que afetam o sangue, a medula óssea e o sistema linfático.
    O tratamento pode consistir numa combinação de quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida e transplante de medula óssea, para além de terapia de apoio e cuidados paliativos conforme necessário. Alguns tipos de leucemia podem ser geridos com vigilância ativa. A eficácia do tratamento depende do tipo de leucemia e da idade da pessoa. Em países desenvolvidos, o diagnóstico tem melhorado. Nos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência a cinco anos é, em média, 57%. Em crianças com menos de 15 anos, a taxa de sobrevivência a cinco anos é superior a 60-85%, dependendo do tipo de leucemia. Em pessoas com leucemia aguda que no prazo de cinco anos não voltem a ter cancro, é improvável que a doença reapareça.
    Em 2012, a leucemia afetava em todo o mundo 352 000 pessoas e foi responsável por 265 000 mortes. É o tipo mais comum de cancro em crianças, nas quais três quartos dos casos são leucemia linfoblástica aguda. No entanto, 90% dos casos de leucemia são diagnosticados em adultos, sendo os tipos mais comuns a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfocítica crónica.

    Classificação

    Clinicamente e patologicamente a leucemia é dividida em formas aguda e crônica.

    A leucemia aguda é caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue. O tratamento deve ser imediato pela rápida progressão e acumulo de células malignas que invadem a circulação periférica e outros órgãos. Geralmente acomete em crianças, adultos e jovens.
    A leucemia crônica é caracterizada pelo aumento de células maduras mas anormais. Sua progressão pode demorar de meses a anos. Geralmente acomete pessoas mais velhas.
    Além disso, as doenças são classificadas entre linfoblásticas ou leucemias linfoides, que indicam que uma mudança cancerosa ocorreu em um tipo de célula da medula óssea que geralmente toma forma de linfócitos, ou mieloides ou leucemias mieloides, que indicam que uma mudança cancerosa ocorreu em um tipo de célula da medula óssea que normalmente toma forma de hemácias, alguns tipos de leucócitos e plaquetas. Leucemia linfocítica
    (ou "linfoblástica") Leucemia linfocítica aguda (LLA) Leucemia linfocítica crônica (LLC)

    Leucemia mieloide
    (ou "não-linfocítica") Leucemia mieloide aguda (LMA) Leucemia mieloide crônica (LMC)

    Dentro destas categorias principais, existem diversas subcategorias. Um dos tipos de leucemia classificado fora destas categorias inclui a leucemia de células pilosas.

    Comparação dos tipos de leucemia
    Tipo
    Ocorrência
    Taxa de sobrevivência em 5-anos
    Tratamento
    Leucemia linfocítica aguda
    Tipo mais comum de leucemia em crianças jovens. Este tipo também afeta adultos, especialmente com mais de 65 anos.
    85% em crianças e 50% em adulto
    Medula óssea e de controlo da doença sistêmica, a prevenção da propagação da doença, por exemplo, ao Sistema Nervoso Central
    Leucemia linfocítica crônica
    Mais frequentemente afeta adultos acima de 55 anos. Às vezes ocorre em adultos jovens, mas quase nunca afeta crianças. ⅔ dos afetados são homens.
    75%
    Incurável
    Leucemia mieloide aguda
    Ocorre mais comumente em adultos do que em crianças, sendo mais comuns em homens do que em mulheres.
    40% 
    Medula óssea e de controlo da doença sistêmica, a prevenção da propagação da doença, por exemplo, ao Sistema Nervoso Central
    Leucemia mieloide crônica
    Ocorre principalmente em adultos. Um número muito pequeno de crianças também desenvolve esta doença.
    90%
    Imatinib
    Leucemia de células pilosas
    Cerca de 80% dos afetados são homens adultos. Não há caso relatados em crianças jovens.
    96% a 100% em dez anos
    Incurável, mas facilmente tratável

    Sinais e sintomas

    Sintomas comuns de leucemia

    As manifestações clínicas da leucemia são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas (blásticas) na medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (ínguas), pele, baço, rins, sistema nervoso central (SNC) e outros. A proliferação rápida das células leucêmicas faz com que estas vão ocupando cada vez mais a medula óssea, não deixando mais as células normais (hemácias, leucócitos e plaquetas) se reproduzirem normalmente e saírem da medula óssea, causando sintomas diferentes a cada tipo da doença, tais como:


    • Síndrome anêmica: aparecem pela redução da produção dos eritrócitos pela medula óssea.

    Sonolência;

    1. Cansaço;
    2. Irritabilidade e fraqueza;
    3. Pouca fome, consequentemente, emagrecimento;
    4. Palpitações;
    5. Dores de cabeça;
    6. Tonturas;
    7. Desmaios;
    8. Queda de Cabelos;
    9. Palidez.



    • Síndrome trombocitopênica (hemorragias): aparecem pela redução de plaquetas que são de grande importância para a coagulação do sangue, pois evitam os sangramentos.


    1. Hematomas (manchas roxas) grandes que aparecem sem trauma algum;
    2. Hematomas (manchas roxas) que aparecem e reaparecem, sucessivamente, após pequeno trauma;
    3. Petéquias (pequenas pintinhas vermelhas de sangue que aparecem na pele);
    4. Petéquias dentro da boca;
    5. Epistaxe;
    6. Sangramento gengival;
    7. Menstruação excessiva;
    8. Algumas vezes, sangue nas fezes;



    • Síndrome leucopênica (mais neutropênica):aparecem pela diminuição de leucócitos normais, principalmente os neutrófilos, que atuam na defesa do organismo contra infecções.


    1. Infecções frequentes;
    2. Língua dolorida, machucada;
    3. Aftas, machucados frequentes que aparecem e reaparecem dentro da boca ou no lábio;
    4. Febre;
    5. Algumas vezes, suor excessivo durante a noite e gânglios linfáticos saltados;
    6. Esplenomegalia e/ou Hepatomegalia (alargamento do baço e/ou fígado).

    Ocasionalmente, também pode ocorrer:


    • Infiltração das células leucemias nos órgãos, tecidos e ossos causando:


    1. Dor nos ossos;
    2. Dor no esterno;
    3. Dor nas articulações;
    4. Problemas nos órgãos.


    Esses sintomas geralmente aparecem em "tríade", ou seja, pelo menos, um sintoma de cada síndrome (anemia, plaquetopenia, leucopenia). Por exemplo, uma pessoa pode apresentar sonolência, manchas roxas e febre. Porém, existem casos raros em que a pessoa apresenta apenas uma anemia normocítica de difícil tratamento.

    Causas

    Não existe uma causa única para todos os tipos de leucemia. Cada tipo de leucemia possui sua própria causa. Suspeita-se de ser causada por fatores diversos, dentro deles: herança genética, desencadeamento após contaminação por certos tipos de vírus, radiação, poluição, tratamento quimioterápico entre outros.

    Diagnóstico

    Alargamento do baço e fígado em paciente com leucemia.
    • Hemograma: ao fazer um exame de rotina, pode-se notar um hemograma anormal sugestivo de leucemia com presença de células imaturas ou uma proliferação excessiva de células aparentemente maduras. O hemograma não serve para classificar a leucemia, mas geralmente é o primeiro exame a ser notado alguma alteração. Também se verifica se há presença de anemia e trombocitopenia.

    • Mielograma: É um exame de grande importância para o diagnóstico, através da análise da morfologia das células e com o uso de provas citoquímicas. O mielograma é usado também para a avaliação da resposta ao tratamento, indicando se, morfologicamente, essas células leucêmicas foram erradicadas da medula óssea (remissão completa medular). Esse exame é feito sob anestesia local e consiste na aspiração da medula óssea seguida da confecção de esfregaços em lâminas de vidro, para exame ao microscópio. Os locais preferidos para a aspiração são a parte posterior do osso ilíaco (bacia) e o esterno (parte superior do peito). Durante o tratamento são feitos vários mielogramas.
    • Punção lombar: A espinal medula é parte do sistema nervoso, que tem a forma de cordão, e por isso é chamada de cordão espinhal. A medula é forrada pelas meninges (três membranas). Entre as meninges circula um líquido claro denominado líquor. A punção lombar consiste na aspiração do liquor para exame citológico e também para injeção de quimioterapia com a finalidade de impedir o aparecimento (profilaxia) de células leucêmicas no SNC ou para destruí-las quando existir doença (meningite leucêmica) nesse local. É feita na maioria das vezes com anestesia local e poucas vezes com anestesia geral. Nesse último caso, é indicado em crianças que não cooperam com o exame.
    • Citometria de fluxo: Pesquisa alguns marcadores de superfície das células imaturas. No caso de uma leucemia linfóide aguda é possível saber se a proliferação é de linfócito T ou B.
    Tratamento

    Geralmente duas semanas de quimioterapia já são suficientes para eliminar todas as células doentes do sangue.

    Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.

    O tratamento é feito em várias fases.
    • A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Os quimioterápicos mais utilizados são a citarabina (100–200 mg/m² por 7 dias) e a daunorrubicina (30–60 mg/m² por 3 dias). Este esquema é conhecido como 7+3. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão clínica) não demonstram mais anormalidades.
    Entretanto, as pesquisas comprovam que ainda restam no organismo muitas células leucêmicas (doença residual), o que obriga a continuação do tratamento para não haver recaída da doença. Nas etapas seguintes, o tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia (linfoide ou mieloide), podendo durar mais de dois anos nas linfóides e menos de um ano nas mieloides.
    São três fases:

    • consolidação (tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente);
    • reindução (repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão) e
    • manutenção (o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses).
    Por ser uma poliquimioterapia agressiva, pode ser necessária o internamento do paciente nos casos de infecção decorrente da queda dos glóbulos brancos normais pelo próprio tratamento.

    Procedimentos médicos

    Hoje já é possível a coleta de células-tronco hematopéticas do sangue ou da medula. Infelizmente cerca de 60% dos pacientes não encontram doador na família e precisam buscar um doador compatível voluntário cadastrado no registro brasileiro de doadores de medula óssea (REDOME).

    • Cateter Venoso Central: Como o tratamento da leucemia aguda pode alcançar até três anos de duração e requer repetidas transfusões e internações, recomenda-se a implantação de um cateter de longa permanência em uma veia profunda, para facilitar a aplicação de medicamentos e derivados sanguíneos além das frequentes coletas de sangue para exames, evitando com isso punções venosas repetidas e dolorosas.
    • Transfusões: Durante o tratamento, principalmente na fase inicial, os pacientes recebem, quase diariamente, transfusões de hemácias e de plaquetas, enquanto a medula óssea não recuperar a hematopoese (produção e maturação das células do sangue) normal.
    Epidemiologia

    Em 2008 foram estimados cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por leucemia no mundo. No Brasil são estimados 5 novos casos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres. Por causa da diferença no acesso ao tratamento sobrevida após 5 anos é de 43% na Europa Ocidental, mas apenas 24% na América do Sul. Em crianças com acesso a hospitais modernos a sobrevida relativa em 5 anos alcança 80%.
    Em 2012, no Brasil, o INCA estima que houve cerca de 4.500 homens e 4.000 mulheres afetados. Em 2010 a leucemia causou cerca de 6000 vítimas. Ainda segundo o INCA, em 2008 ocorreram no mundo cerca de 351 mil casos novos e 257 mil óbitos por leucemia.

    História

    Rudolf Virchow
    A leucemia foi observada pela primeira vez pelo patologista Rudolf Virchow em 1845. Observando um número anormalmente elevado de glóbulos brancos em uma amostra de sangue de um paciente, chamado a condição Leukämie em alemão Patlak. «Targeting Leukemia: From Bench to Bedside». Breakthroughs in Bioscience. Consultado em 20 May 2010.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.




    Próximo Tema

    Boa noite para quem acompanha.
    Hoje venho deixar a foto do símbolo do próximo tema. Vai sair daqui a umas horas
    Espero que gostem.
    fiquem comigo.

    terça-feira, 23 de agosto de 2016

    Baixinha

    Boa noite para quem me acompanha.
    Hoje venho falar de uma coisa que a Baixinha me disse a 17-08-2016 às 1:16.
    Eu e a Baixinha tivemos a falar como falamos diariamente e calhou em conversa um tema que já tinha falado aqui no blog que era de ir para Espanha.
    A Baixinha respondeu "Oh mas n te abandono". Eu sou sincero tinha uma ideia da Baixinha completamente diferente do que ela é.na realidade, e o que é mais espantoso é que criámos uma amizade que acho que me atrevo a dizer que podemos dizer tudo mas completamente tudo um ao outro que não sai nada da boca quer de um quer de outro e que não no chateamos.
    Estive muito preocupado com ela que foram dois ou três dias que ela não queria falar, pois nem sei ao certo, pois pareciam que os dias nunca mais acabavam. Ela várias vezes é a minha companhia. Sim fiquei com os olhos razos de água várias vezes.
    Baixinha nunca te quero perder, Te adoro. Conta sempre comigo.
    Baixinha
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    segunda-feira, 22 de agosto de 2016

    Estado Maior General Das Forças Armadas

    Boa noite para quem me acompanha.
    Ante demais queria pedir desculpa por este post não ter saído ontem, mas estive coisas para fazer no Windows Movie Maker e foi completamente impossível.
    Como podem ver hoje é um tema sobre Estado Maior General Das Forças Armadas. Mais uma vez um tema que será tratado pelo ficheiro facilitado pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
    No âmbito de visitas de Altas Entidades militares e civis, visitas de navios nos portos nacionais e de eventos (reuniões, conferências e cerimónias) organizados pelas Forças Armadas, foram asseguradas e desenvolvidas diversas medidas de proteção e segurança pelas Forças e Serviços de Segurança. 
    Das 115 visitas e eventos registados, importa realçar as seguintes:

    • Ciclo de Coferências "Nova Ásia" no IDN;
    • II Curso de Cibersegurança no IDN;
    • Iniciativas 5+5 da DGPDN;
    • Reunião de DGPDN da NATO;
    • Colóquios C4 do IDN;
    • XVI Curso do Estado-Maior de Espanha;
    • Conferência exercício 5+5 "Seaborder";
    • Exercício Trident Juncture 2015;
    • BI-SC Conference do JALLC;
    • 127º Curso Sénior do NDC;
    • NATO SEASPARROW PROJECT Steering Committee;
    • NATO Lessons Learned Conference do JALLC;
    • FINABEL Coordination Meeting;
    • Conferência Planeamento Exercício BALTOPS 2016;
    • Inspeções no âmbito do Tratado CFE e OPEN SKIES;
    • Relações bilaterais/multilaterais no âmbito do MDN;
    • Apoio à STRIKEFORNATO.
    No âmbito da partilha de Informações, o EMGFA manteve ligações com a GNR, PSP, SEF, SIED e SIS no quadro das atividades necessárias à avaliação das ameaças à segurança militar.
    Realizaram-se, com carácter mensal, as reuniões de coordenação de segurança militar, nas quais tomaram parte: Divisão de Planeamento do Estado-Maior da Armada, Divisão de Segurança e Cooperação Militar do Estado-Maior do Exército , Comando Aéreo da Força Aérea, Comando Operacional dos Açores, Comando Operacional da Madeira, PJM, STRIKEFORNATO, SIS, SIED, PSP e GNR.
    No âmbito do ensino e formação, militares dos Quadros Permanentes da GNR, frequentaram cursos no Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM), necessários ao desempenho das funções de Comando, Direção e Estado-Maior, designadamente o Curso de Promoção a Oficial Superior, o Curso de Estado Maior.

    Instituto de Estudos Superiores Militares, dos Oficiais destinados à frequência do Curso de Promoção a Oficial Superior do Exército
    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    sábado, 20 de agosto de 2016

    Próximo Tema

    Boa noite para quem me acompanha.
    Amanhã será realizado mais um post de uns dos temas do ficheiro fornecido pela PSP.

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.

    sexta-feira, 19 de agosto de 2016

    Criminalidade Mais Participada

    Boa noite para quem me acompanha.
    Mais um tema escrito pelo ficheiro que a PSP me forneceu.

    A análise recai sobre crimes com peso relativo, igual ou superior a 2%.
    Neste contexto, a tabela infra apresenta os 17 crimes que, no seu conjunto, representam 68% do total da criminalidade participada.
    À semelhança dos ano anteriores, o crime de furto, nas suas diversas formas, continua a ser o crime mais participado.
    De entre os crimes que integram a referida tabela, observa-se um acréscimo relativamente ao ano anterior, destacando-se: "Incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou seara" (+106,2%), "Burla informática e nas comunicações" (+73,7%), "Outras burlas" (+15,2%) e "Condução de veículo com taxa de álcool gual ou superior a 1,2 gl" (+10,2%) a que corresponde o aumento total de 11.614 participações.
    De entre os crimes que apresentam uma descida, destaca-se: "Furto em residência com arrombamento, escalamento ou chave falsa" (-16,2%), "Outros furtos" (-13,8%), "Furto em edifício comercial ou industrial com arrombamento, escalamento ou chave falsa" (-13,3%), "Furto de veículo motorizado" (-12,4%) e "Furto em veículo motorizado" (-9,1%).

    Denominação
    Ano 2014
    Ano 2015
    Valor %
    Diferencial
    Furto em veículo motorizado
    27.894
    25.360
    -9,1%
    -2.534
    Ofensa à integridade física voluntária simples
    24.327
    23.720
    -2,5%
    -607
    Condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gl
    20.752
    22.873
    10,2%
    2.121
    Violência doméstica contra cônjuge ou análogos
    22.965
    22.469
    -2,2%
    -496
    Outro dano
    17.871
    17.808
    -0,4%
    -63
    Furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas
    19.312
    16.186
    -16,2%
    -3.126
    Ameaça e coacção
    14.597
    14.690
    0,6%
    93
    Furto por carteirista
    13.991
    14.443
    3,2%
    452
    Furto de veículo motorizado
    13.723
    12.017
    -12,4%
    -1.706
    Furto oportunidade de objeto não guardado
    10.464
    11.105
    6,1%
    641
    Condução sem habilitação legal
    9.767
    10.402
    6,5%
    635
    Incêndio/fogo posto em floresta, mata, arvoredo ou seara
    4.843
    9.988
    106,2%
    5.145
    Outros furtos
    11.375
    9.800
    -13,8%
    -1.575
    furto em edifício comercial ou industrial com arrombamento, escalamento ou chaves falsas
    10.626
    9.208
    -13,3%
    -1.418
    Burla informática e nas comunicações
    4.508
    7.830
    73,7%
    3.322
    Outras burlas
    6.740
    7.766
    15,2%
    1.026
    Roubo na via pública excepto por esticão
    7.0977.037-0,8%-60

    Espero que gostem.
    Fiquem comigo.